Artwork

Sisällön tarjoaa PlanetaCast. PlanetaCast tai sen podcast-alustan kumppani lataa ja toimittaa kaiken podcast-sisällön, mukaan lukien jaksot, grafiikat ja podcast-kuvaukset. Jos uskot jonkun käyttävän tekijänoikeudella suojattua teostasi ilman lupaasi, voit seurata tässä https://fi.player.fm/legal kuvattua prosessia.
Player FM - Podcast-sovellus
Siirry offline-tilaan Player FM avulla!

#99 Um ícone brasileiro em risco de extinção

3:43
 
Jaa
 

Manage episode 313123917 series 3259782
Sisällön tarjoaa PlanetaCast. PlanetaCast tai sen podcast-alustan kumppani lataa ja toimittaa kaiken podcast-sisällön, mukaan lukien jaksot, grafiikat ja podcast-kuvaukset. Jos uskot jonkun käyttävän tekijänoikeudella suojattua teostasi ilman lupaasi, voit seurata tässä https://fi.player.fm/legal kuvattua prosessia.

O jumento, um dos grandes símbolos do Nordeste brasileiro, corre o risco de desaparecer. O animal virou alvo da cobiça econômica do mercado chinês. A espécie, originária da Ásia, foi Introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses. Durante séculos foi muito usada na agricultura e no transporte de carga. Com a modernização dos equipamentos agrícolas e a ampliação do uso de veículos motorizados, o jumento foi sendo substituído no dia a dia e deixou de ser útil para os nordestinos, já que sua carne não é consumida. Com o tempo foi ficando cada vez mais comum ver animais abandonados, perambulando por campos e estradas, em busca de alimento. Muitos acabam morrendo de fome e de sede. Até que foi descoberto um novo nicho para esses animais. Desde 2016, o Brasil se tornou um exportador de couro de jumento para a China. Há um grande interesse no país asiático pelo couro do animal. Com ele é feito o “Ejiao”, uma gelatina usada na indústria farmacêutica e de cosméticos. Na medicina tradicional chinesa, o “Ejiao” é considerado um remédio para diversos problemas de saúde: menstruação irregular, anemia, insônia e impotência sexual. Cada jumento é vendido a preços que variam de 30 a 150 reais, o que tem causado o abate acelerado do animal. Os compradores são chineses que arrendam fazendas, principalmente na Bahia e no Ceará. Em 2019, o Brasil exportou 200 mil animais, um número alto, mas longe de atender a demanda chinesa, de um milhão de animais ao ano. Com o crescimento da demanda, os jumentos livres começaram a ser caçados nas estradas, enquanto pequenos agricultores passaram a vender seus animais para as fazendas controladas pelos chineses. Porém, os criadores asiáticos não costumam tratar bem dos seus animais e muitos jumentos morrem de fome e sede. Em setembro de 2018, duzentos jumentos foram encontrados mortos em uma fazenda em Itapetinga, sudoeste da Bahia. Os animais pertenciam a uma empresa chinesa e eram abatidos por um frigorífico da região. Em dezembro do mesmo ano uma liminar da Justiça Federal proibiu o abate de jumentos no estado da Bahia. Em setembro de 2019 a liminar foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal. Finalmente, em abril de 2020, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia regulamentou o abate dessa espécie de animal. A nova regulamentação proíbe o abate de animais com menos de cem quilos, de fêmeas no último terço da gestação e estabelece o limite de abate de até 40% das fêmeas por lote. No entano, as medidas ainda não são suficientes para impedir uma possível extinção da espécie, de acordo com entidades de proteção dos animais. A Frente de Defesa dos Jumentos estima que até 2024 o animal estará extinto no Brasil, seja pelo abate em massa ou por maus tratos. Além da luta contra o abate, a Frente também atua na criação de santuários para ajudar na preservação da espécie. Um deles é o Parque Padre Antônio Vieira, na cidade de Santa Quitéria, no Ceará, que abriga mais de três mil jumentos. Mesmo com a ameaça de extinção, dificilmente o abate será interrompido. Muitas pessoas dependem desse comércio para sobreviver. As organizações da sociedade civil seguem na luta pela preservação dos animais. O jumento, símbolo de uma cultura tipicamente nordestina, pode se transformar em pouco tempo em apenas mais uma lembrança.

  continue reading

127 jaksoa

Artwork
iconJaa
 
Manage episode 313123917 series 3259782
Sisällön tarjoaa PlanetaCast. PlanetaCast tai sen podcast-alustan kumppani lataa ja toimittaa kaiken podcast-sisällön, mukaan lukien jaksot, grafiikat ja podcast-kuvaukset. Jos uskot jonkun käyttävän tekijänoikeudella suojattua teostasi ilman lupaasi, voit seurata tässä https://fi.player.fm/legal kuvattua prosessia.

O jumento, um dos grandes símbolos do Nordeste brasileiro, corre o risco de desaparecer. O animal virou alvo da cobiça econômica do mercado chinês. A espécie, originária da Ásia, foi Introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses. Durante séculos foi muito usada na agricultura e no transporte de carga. Com a modernização dos equipamentos agrícolas e a ampliação do uso de veículos motorizados, o jumento foi sendo substituído no dia a dia e deixou de ser útil para os nordestinos, já que sua carne não é consumida. Com o tempo foi ficando cada vez mais comum ver animais abandonados, perambulando por campos e estradas, em busca de alimento. Muitos acabam morrendo de fome e de sede. Até que foi descoberto um novo nicho para esses animais. Desde 2016, o Brasil se tornou um exportador de couro de jumento para a China. Há um grande interesse no país asiático pelo couro do animal. Com ele é feito o “Ejiao”, uma gelatina usada na indústria farmacêutica e de cosméticos. Na medicina tradicional chinesa, o “Ejiao” é considerado um remédio para diversos problemas de saúde: menstruação irregular, anemia, insônia e impotência sexual. Cada jumento é vendido a preços que variam de 30 a 150 reais, o que tem causado o abate acelerado do animal. Os compradores são chineses que arrendam fazendas, principalmente na Bahia e no Ceará. Em 2019, o Brasil exportou 200 mil animais, um número alto, mas longe de atender a demanda chinesa, de um milhão de animais ao ano. Com o crescimento da demanda, os jumentos livres começaram a ser caçados nas estradas, enquanto pequenos agricultores passaram a vender seus animais para as fazendas controladas pelos chineses. Porém, os criadores asiáticos não costumam tratar bem dos seus animais e muitos jumentos morrem de fome e sede. Em setembro de 2018, duzentos jumentos foram encontrados mortos em uma fazenda em Itapetinga, sudoeste da Bahia. Os animais pertenciam a uma empresa chinesa e eram abatidos por um frigorífico da região. Em dezembro do mesmo ano uma liminar da Justiça Federal proibiu o abate de jumentos no estado da Bahia. Em setembro de 2019 a liminar foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal. Finalmente, em abril de 2020, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia regulamentou o abate dessa espécie de animal. A nova regulamentação proíbe o abate de animais com menos de cem quilos, de fêmeas no último terço da gestação e estabelece o limite de abate de até 40% das fêmeas por lote. No entano, as medidas ainda não são suficientes para impedir uma possível extinção da espécie, de acordo com entidades de proteção dos animais. A Frente de Defesa dos Jumentos estima que até 2024 o animal estará extinto no Brasil, seja pelo abate em massa ou por maus tratos. Além da luta contra o abate, a Frente também atua na criação de santuários para ajudar na preservação da espécie. Um deles é o Parque Padre Antônio Vieira, na cidade de Santa Quitéria, no Ceará, que abriga mais de três mil jumentos. Mesmo com a ameaça de extinção, dificilmente o abate será interrompido. Muitas pessoas dependem desse comércio para sobreviver. As organizações da sociedade civil seguem na luta pela preservação dos animais. O jumento, símbolo de uma cultura tipicamente nordestina, pode se transformar em pouco tempo em apenas mais uma lembrança.

  continue reading

127 jaksoa

Kaikki jaksot

×
 
Loading …

Tervetuloa Player FM:n!

Player FM skannaa verkkoa löytääkseen korkealaatuisia podcasteja, joista voit nauttia juuri nyt. Se on paras podcast-sovellus ja toimii Androidilla, iPhonela, ja verkossa. Rekisteröidy sykronoidaksesi tilaukset laitteiden välillä.

 

Pikakäyttöopas