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Voluntários em Paris, brasileiros vestem a camisa dos Jogos e vivenciam as Olimpíadas de outro ângulo

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As Olimpíadas são vistas por bilhões de pessoas ao redor do mundo inteiro pela TV e por outras tantas milhões presencialmente em Paris, na França. Mas alguns brasileiros estão tendo a chance de acompanhar ao vivo de uma forma diferente, literalmente vestindo a camisa do evento para trabalhar como voluntários nestes Jogos Olímpicos.

Renan Tolentino, da RFI em Paris

Em entrevista à reportagem da RFI, a gaúcha Fernanda Bauer, de 38 anos, e o capixaba Lucas Passos, de 27, contaram um pouco de como é a rotina de trabalho, os desafios e como está sendo viver essa oportunidade que vale ouro, como eles mesmos indicam.

“Está sendo uma experiência incrível ver tanta gente junta, de diversos países, torcendo, comemorando, rindo e dançando", Lucas Passos, voluntário brasileiro em Paris.

"Eu imaginava que seria uma experiência grandiosa, mas tem superado as minhas expectativas. Tenho gostado de estar bem próximo ao público e das conversas que temos, de conhecer a razão pela qual estão ali nos jogos, de onde eles vêm... E também de poder estar relativamente perto dos atletas e de ver as competições de vez em quando”, explica o capixaba.

Fernanda, por sua vez, destaca o clima de festa nas arenas, a relação amistosa com o público e com outros colegas de voluntariado, além das atracões do seu local de trabalho.

“A experiência está sendo muito boa. Todo mundo é muito gente boa, todos os voluntários são muito legais. A gente tem uma estrutura bem legal de atendimento dentro da Place de La Concorde. É um local novo, porque não tem só as competições, tem também todo um parque urbano com outros eventos, que o público pode visitar, com atrações para as famílias. Em geral, está sendo incrível”, diz Fernanda.

Os dois fazem parte dos 45 mil voluntários selecionados, sendo 30 mil para os Jogos Olímpicos e 15 mil para os Paralímpicos, segundo os números divulgados pelo comitê organizador. Cerca de 20% do voluntariado é composto por estrangeiros.

“É um processo um pouquinho longo porque a gente faz toda a inscrição, tem que responder a um questionário para [os avaliadores] verificarem nossas habilidades, qual a melhor função para gente ficar. Depois desse teste, eles propõem as missões de acordo com o seu perfil. A partir de abril, chegaram os resultados para mim e as missões que eu iria fazer [durante o voluntariado]”, detalha Fernanda.

Ao todo, mais de 300 mil pessoas se candidataram para o processo que começou em março de 2023, quando as inscrições foram abertas e durou até março deste ano, quando começaram os primeiros treinamentos. Até chegarem lá, os candidatos tiveram que passar por diferentes etapas como apresentar um dossiê, com currículo e carta de motivação; e preencher um questionário “que envolvia situações cotidianas e possíveis cenários que seriam encontrados durante o evento, a fim de conhecerem melhor a postura e a compatibilidade dos candidatos em diferentes missões”.

“Inicialmente participamos de uma convenção de voluntários, um evento presencial em um dos locais de provas e com o objetivo de apresentar o programa, os Jogos Olímpicos, o uniforme e promover a integração do grupo. Em seguida, tivemos acesso às formações para conhecermos as nossas funções e termos orientações gerais. Por último, uma semana antes do início dos Jogos Olímpicos, participamos de uma formação presencial no local em que seríamos voluntários, com o intuito de conhecermos a área e o seu funcionamento. Além disso, foram oferecidos cursos online de primeiros socorros e acesso a uma plataforma de idiomas”, detalha Lucas.

Motivações e desafios

Diante de todas essas barreiras, as motivações para se candidatar e encarar o processo de voluntariado é muito particular de cada um e pode variar de pessoa para pessoa. Para Fernanda Bauer, foi o relato de um amigo que despertou o desejo de viver essa experiência inédita.

“Um amigo do Rio de Janeiro foi voluntário nos Jogos Olímpicos de 2016 e teve uma experiência incrível. Sempre falou muito bem do tempo de voluntariado dele. Isso fez com que eu tivesse vontade de fazer parte disso também, de testar. Como eu já iria estar em Paris no período das Olimpíadas, achei que poderia ser uma experiência interessante para participar um pouco dos jogos sem ser só como espectadora”, relembrou a brasileira, natural de Sapiranga (RS), que vive desde 2022 em Paris, onde faz um mestrado.

Já para Lucas foi a própria admiração pelas Olimpíadas que o fez querer vivenciar o evento de uma forma nova e totalmente única. O capixaba de 27 anos conta que acompanha os Jogos desde criança, mas até então não tinha tido a oportunidade de acompanhar in loco, como está tendo agora em Paris, como uma das milhares de pessoas que ajudam a fazer o evento acontecer.

“Eu me candidatei para ser voluntário pois desde pequeno eu gosto muito das Olimpíadas e da ideia de unir nações a partir do esporte. Sempre acompanhei pela televisão e infelizmente não pude ir ao Rio 2016, o que aumentou ainda mais a minha vontade de participar em Paris 2024, como tinha grandes chances de eu estar aqui por conta dos estudos. Além disso, eu adoro o fato de conhecer e estar em contato com pessoas de diversas nacionalidades e poder falar e escutar outros idiomas”, explica Lucas, que mora há 11 meses na capital francesa, também para cursar um mestrado em psicologia, sua área de atuação.

Uma experiência ímpar como essa também apresenta desafios, que podem ser variados. Trabalhando no mesmo local, na Place de La Concorde, e no atendimento ao público, os dois apontam diferentes barreiras a serem superadas nas tarefas diárias como voluntário.

Situado no coração de Paris, o local está recebendo as competições mais urbanas, como skate, basquete 3x3, BMX Freestyle e breaking. Para Lucas, o maior desafio é em relação ao clima abafado que tem predominado em Paris durante os dias de competição. Em alguns momentos, a temperatura chegou a passar dos 35°, com a sensação térmica beirando os 40°.

“O maior desafio é manter a energia em alta, principalmente quando faz muito calor ou chove, mas o ambiente e os espectadores recarregam as energias e nos motivam a continuar com a nossa missão”, brinca o brasileiro, natural de Vitória.

O idioma é outro obstáculo a ser superado no trabalho do dia a dia como voluntário, uma vez que Paris está recebendo turistas de todo o mundo para os Jogos. Uma verdadeira "Torre de Babel olímpica".

"O desafio para mim é o idioma. Eu falo francês, mas ainda não sou fluente. Em geral, me viro muito bem, mas às vezes ainda dá uma falhada. Então, está sendo uma experiência legal para isso também, para eu poder aprimorar o meu idioma”, afirma Fernanda.

Tradição dos pins olímpicos

Além de poder acompanhar as competições de perto, outra experiência proporcionada pelo voluntariado nos Jogos é a troca cultural com pessoas vindas de todos os cantos do planeta.

E uma das práticas que mostram isso é a tradição da troca dos pins, uma espécie de broche olímpicos que alguns voluntários trocam entre colegas de outros países, ou com torcedores e até mesmo atletas (de forma menos frequente). A ideia é fazer uma coleção para guardar como recordação dessa experiência dourada.

“Eu ganhei três pins, mas na maioria das vezes é bom você chegar na pessoa e pedir. Geralmente são atletas ou pessoas da equipe técnica que têm. E eu troquei um pin dos EUA para pegar um do Brasil, por exemplo”, conclui Lucas, que já tem cinco broches na sua coleção.

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Renan Tolentino, da RFI em Paris

Em entrevista à reportagem da RFI, a gaúcha Fernanda Bauer, de 38 anos, e o capixaba Lucas Passos, de 27, contaram um pouco de como é a rotina de trabalho, os desafios e como está sendo viver essa oportunidade que vale ouro, como eles mesmos indicam.

“Está sendo uma experiência incrível ver tanta gente junta, de diversos países, torcendo, comemorando, rindo e dançando", Lucas Passos, voluntário brasileiro em Paris.

"Eu imaginava que seria uma experiência grandiosa, mas tem superado as minhas expectativas. Tenho gostado de estar bem próximo ao público e das conversas que temos, de conhecer a razão pela qual estão ali nos jogos, de onde eles vêm... E também de poder estar relativamente perto dos atletas e de ver as competições de vez em quando”, explica o capixaba.

Fernanda, por sua vez, destaca o clima de festa nas arenas, a relação amistosa com o público e com outros colegas de voluntariado, além das atracões do seu local de trabalho.

“A experiência está sendo muito boa. Todo mundo é muito gente boa, todos os voluntários são muito legais. A gente tem uma estrutura bem legal de atendimento dentro da Place de La Concorde. É um local novo, porque não tem só as competições, tem também todo um parque urbano com outros eventos, que o público pode visitar, com atrações para as famílias. Em geral, está sendo incrível”, diz Fernanda.

Os dois fazem parte dos 45 mil voluntários selecionados, sendo 30 mil para os Jogos Olímpicos e 15 mil para os Paralímpicos, segundo os números divulgados pelo comitê organizador. Cerca de 20% do voluntariado é composto por estrangeiros.

“É um processo um pouquinho longo porque a gente faz toda a inscrição, tem que responder a um questionário para [os avaliadores] verificarem nossas habilidades, qual a melhor função para gente ficar. Depois desse teste, eles propõem as missões de acordo com o seu perfil. A partir de abril, chegaram os resultados para mim e as missões que eu iria fazer [durante o voluntariado]”, detalha Fernanda.

Ao todo, mais de 300 mil pessoas se candidataram para o processo que começou em março de 2023, quando as inscrições foram abertas e durou até março deste ano, quando começaram os primeiros treinamentos. Até chegarem lá, os candidatos tiveram que passar por diferentes etapas como apresentar um dossiê, com currículo e carta de motivação; e preencher um questionário “que envolvia situações cotidianas e possíveis cenários que seriam encontrados durante o evento, a fim de conhecerem melhor a postura e a compatibilidade dos candidatos em diferentes missões”.

“Inicialmente participamos de uma convenção de voluntários, um evento presencial em um dos locais de provas e com o objetivo de apresentar o programa, os Jogos Olímpicos, o uniforme e promover a integração do grupo. Em seguida, tivemos acesso às formações para conhecermos as nossas funções e termos orientações gerais. Por último, uma semana antes do início dos Jogos Olímpicos, participamos de uma formação presencial no local em que seríamos voluntários, com o intuito de conhecermos a área e o seu funcionamento. Além disso, foram oferecidos cursos online de primeiros socorros e acesso a uma plataforma de idiomas”, detalha Lucas.

Motivações e desafios

Diante de todas essas barreiras, as motivações para se candidatar e encarar o processo de voluntariado é muito particular de cada um e pode variar de pessoa para pessoa. Para Fernanda Bauer, foi o relato de um amigo que despertou o desejo de viver essa experiência inédita.

“Um amigo do Rio de Janeiro foi voluntário nos Jogos Olímpicos de 2016 e teve uma experiência incrível. Sempre falou muito bem do tempo de voluntariado dele. Isso fez com que eu tivesse vontade de fazer parte disso também, de testar. Como eu já iria estar em Paris no período das Olimpíadas, achei que poderia ser uma experiência interessante para participar um pouco dos jogos sem ser só como espectadora”, relembrou a brasileira, natural de Sapiranga (RS), que vive desde 2022 em Paris, onde faz um mestrado.

Já para Lucas foi a própria admiração pelas Olimpíadas que o fez querer vivenciar o evento de uma forma nova e totalmente única. O capixaba de 27 anos conta que acompanha os Jogos desde criança, mas até então não tinha tido a oportunidade de acompanhar in loco, como está tendo agora em Paris, como uma das milhares de pessoas que ajudam a fazer o evento acontecer.

“Eu me candidatei para ser voluntário pois desde pequeno eu gosto muito das Olimpíadas e da ideia de unir nações a partir do esporte. Sempre acompanhei pela televisão e infelizmente não pude ir ao Rio 2016, o que aumentou ainda mais a minha vontade de participar em Paris 2024, como tinha grandes chances de eu estar aqui por conta dos estudos. Além disso, eu adoro o fato de conhecer e estar em contato com pessoas de diversas nacionalidades e poder falar e escutar outros idiomas”, explica Lucas, que mora há 11 meses na capital francesa, também para cursar um mestrado em psicologia, sua área de atuação.

Uma experiência ímpar como essa também apresenta desafios, que podem ser variados. Trabalhando no mesmo local, na Place de La Concorde, e no atendimento ao público, os dois apontam diferentes barreiras a serem superadas nas tarefas diárias como voluntário.

Situado no coração de Paris, o local está recebendo as competições mais urbanas, como skate, basquete 3x3, BMX Freestyle e breaking. Para Lucas, o maior desafio é em relação ao clima abafado que tem predominado em Paris durante os dias de competição. Em alguns momentos, a temperatura chegou a passar dos 35°, com a sensação térmica beirando os 40°.

“O maior desafio é manter a energia em alta, principalmente quando faz muito calor ou chove, mas o ambiente e os espectadores recarregam as energias e nos motivam a continuar com a nossa missão”, brinca o brasileiro, natural de Vitória.

O idioma é outro obstáculo a ser superado no trabalho do dia a dia como voluntário, uma vez que Paris está recebendo turistas de todo o mundo para os Jogos. Uma verdadeira "Torre de Babel olímpica".

"O desafio para mim é o idioma. Eu falo francês, mas ainda não sou fluente. Em geral, me viro muito bem, mas às vezes ainda dá uma falhada. Então, está sendo uma experiência legal para isso também, para eu poder aprimorar o meu idioma”, afirma Fernanda.

Tradição dos pins olímpicos

Além de poder acompanhar as competições de perto, outra experiência proporcionada pelo voluntariado nos Jogos é a troca cultural com pessoas vindas de todos os cantos do planeta.

E uma das práticas que mostram isso é a tradição da troca dos pins, uma espécie de broche olímpicos que alguns voluntários trocam entre colegas de outros países, ou com torcedores e até mesmo atletas (de forma menos frequente). A ideia é fazer uma coleção para guardar como recordação dessa experiência dourada.

“Eu ganhei três pins, mas na maioria das vezes é bom você chegar na pessoa e pedir. Geralmente são atletas ou pessoas da equipe técnica que têm. E eu troquei um pin dos EUA para pegar um do Brasil, por exemplo”, conclui Lucas, que já tem cinco broches na sua coleção.

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