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Sentir falta de ar é sinal de que você pode ter asma, alerta pneumologista

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A asma é uma doença crônica comum e vem crescendo em todo o mundo, inclusive no Brasil. A estimativa é que entre 10% e 20% da população brasileira conviva com os sintomas da doença, que provoca um estreitamento das vias aéreas.

Taíssa Stivanin, da RFI

Os sintomas da asma em geral são leves ou moderados, mas podem levar à insuficiência respiratória nos casos mais extremos. A brasileira Vivian Toneloto, 39 anos, levou um susto quando era adolescente. Ela sempre teve falta de ar, mas nunca tinha procurado um médico. Aos 16 anos, começou a fumar e os sintomas pioraram.

Foi só então que Vivian descobriu que tinha a doença e iniciou um tratamento. O problema é que ela não seguiu as recomendações médicas à risca e acabou parando de usar o medicamento. “Foi aí que tive meu primeiro desmaio, com 18 anos. Uma falta de ar muito forte. Minha família entrou em desespero”.

A crise aconteceu de madrugada. Vivian não tinha um nebulizador em casa e sua mãe foi até uma farmácia buscar um remédio de alívio imediato para controlar a crise. Quando chegou, viu a filha desmaiada. Ela então teve o reflexo de espirrar o produto na boca de Vivian, que acordou. “Acho que se ela tivesse demorado mais uns 15 minutos não sei se estaria aqui”, conta a brasileira.

A asma costuma aparecer nos primeiros anos de vida, explica o pneumologista Rodrigo Athanazio, professor colaborador da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). O diagnóstico é confirmado através de testes da função pulmonar. O exame avalia a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões, conforme o paciente respira.

De acordo com o pneumologista, o quadro alérgico que desencadeia as crises geralmente dura até a adolescência e desaparece na vida adulta. Mas, uma série de fatores pode acarretar o retorno dos sintomas. “O motivo pode ser uma infecção viral, exposição no trabalho ou o tabagismo, por exemplo”, explicou à RFI.

Ambientes de trabalho com muitos produtos químicos, feno, farinha de trigo, látex presente na pintura dos móveis ou mofo também podem desencadear crises, assim como as mudanças bruscas de temperatura e umidade – o tempo mais seco piora a asma.

“É importante lembrar que os brônquios, além de levar o ar para dentro do pulmão, têm uma função muito importante: condicionar o ar que estamos respirando. Dentro do nosso pulmão, o ambiente é quente e úmido. Quanto mais seco e frio lá fora, mais o brônquio precisa se esforçar para o ar chegar bem condicionado dentro dos pulmões”, frisa o pneumologista.

Apesar de ser uma doença crônica, que se for diagnosticada deverá ser controlada pelo resto da vida, Rodrigo Athanazio lembra que a asma é reversível. “Se tratada adequadamente, a pessoa terá os brônquios e o pulmão de alguém totalmente normal. Isso é importante, porque pode haver remissão, por tratamento ou espontaneamente”.

Foi o caso de Vivian, citada no começo desta reportagem. Apesar do susto e de outros dois desmaios, ela só parou de fumar há cerca de dez anos, quando passou a levar a sério o tratamento e usar o anti-inflamatório, além do remédio de alívio imediato. Hoje, a doença está controlada. “Praticamente não uso a bombinha, faço só o tratamento”, conta aliviada. Ela também incluiu a atividade física em sua rotina e pratica natação.

Predisposição

Existe predisposição para a asma? Sim, mas esse mecanismo genético ainda não foi totalmente explicado pela Ciência. De acordo com Rodrigo Athanazio, a doença é multifatorial e depende também de parâmetros ambientais. A alergia, diz, tem um papel essencial.

“A alergia é um processo inflamatório gerado pelo nosso próprio corpo. Ele cria uma resposta exagerada contra um agente externo, que não necessariamente está causando um problema para o corpo. Temos que lembrar que nosso sistema imunológico é um sistema de proteção”, diz.

“Quando estamos inalando um vírus, ou uma bactéria, é muito importante que o sistema imunológico ataque para nos defender. Só que na infância, ele precisa distinguir o que pertence ou não ao nosso organismo para poder nos defender. Às vezes há uma desregulação nesse mecanismo. Um pêlo de gato, por exemplo, não faz mal nenhum. Mas o corpo cria uma resposta exagerada e é essa resposta que causa irritação”, resume.

O sistema respiratório começa no nariz, explica o pneumologista. Por isso, tratar outras doenças ainda mais comuns, como a rinite alérgica por exemplo, é fundamental para evitar que a asma se desenvolva no futuro.

O diagnóstico da asma e seu acompanhamento é fundamental para controlar os sintomas. Segundo o especialista, entre 60 e 80% dos casos são leves. Por isso, muitos pacientes não se preocupam com a doença - e aí é que mora o perigo.

Os asmáticos devem saber como lidar com uma crise potencialmente grave, que pode acontecer a qualquer momento. Rodrigo Athanazio lembra que a asma ainda provoca cinco mortes diariamente no Brasil, que poderiam ser evitadas. Por isso é importante manter o tratamento, mesmo na ausência de sintomas.

“Os corticoides inalados são o principal tratamento para o controle da asma. É preciso desinflamar a via aérea. As bombinhas de alívio imediato são usadas para aliviar os sintomas, mas utilizar só o broncodilatador é tapar o sol com a peneira”, ressalta. “Tivemos muitos avanços no entendimento e no tratamento da asma e queremos o melhor para nossos pacientes”.

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Taíssa Stivanin, da RFI

Os sintomas da asma em geral são leves ou moderados, mas podem levar à insuficiência respiratória nos casos mais extremos. A brasileira Vivian Toneloto, 39 anos, levou um susto quando era adolescente. Ela sempre teve falta de ar, mas nunca tinha procurado um médico. Aos 16 anos, começou a fumar e os sintomas pioraram.

Foi só então que Vivian descobriu que tinha a doença e iniciou um tratamento. O problema é que ela não seguiu as recomendações médicas à risca e acabou parando de usar o medicamento. “Foi aí que tive meu primeiro desmaio, com 18 anos. Uma falta de ar muito forte. Minha família entrou em desespero”.

A crise aconteceu de madrugada. Vivian não tinha um nebulizador em casa e sua mãe foi até uma farmácia buscar um remédio de alívio imediato para controlar a crise. Quando chegou, viu a filha desmaiada. Ela então teve o reflexo de espirrar o produto na boca de Vivian, que acordou. “Acho que se ela tivesse demorado mais uns 15 minutos não sei se estaria aqui”, conta a brasileira.

A asma costuma aparecer nos primeiros anos de vida, explica o pneumologista Rodrigo Athanazio, professor colaborador da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). O diagnóstico é confirmado através de testes da função pulmonar. O exame avalia a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões, conforme o paciente respira.

De acordo com o pneumologista, o quadro alérgico que desencadeia as crises geralmente dura até a adolescência e desaparece na vida adulta. Mas, uma série de fatores pode acarretar o retorno dos sintomas. “O motivo pode ser uma infecção viral, exposição no trabalho ou o tabagismo, por exemplo”, explicou à RFI.

Ambientes de trabalho com muitos produtos químicos, feno, farinha de trigo, látex presente na pintura dos móveis ou mofo também podem desencadear crises, assim como as mudanças bruscas de temperatura e umidade – o tempo mais seco piora a asma.

“É importante lembrar que os brônquios, além de levar o ar para dentro do pulmão, têm uma função muito importante: condicionar o ar que estamos respirando. Dentro do nosso pulmão, o ambiente é quente e úmido. Quanto mais seco e frio lá fora, mais o brônquio precisa se esforçar para o ar chegar bem condicionado dentro dos pulmões”, frisa o pneumologista.

Apesar de ser uma doença crônica, que se for diagnosticada deverá ser controlada pelo resto da vida, Rodrigo Athanazio lembra que a asma é reversível. “Se tratada adequadamente, a pessoa terá os brônquios e o pulmão de alguém totalmente normal. Isso é importante, porque pode haver remissão, por tratamento ou espontaneamente”.

Foi o caso de Vivian, citada no começo desta reportagem. Apesar do susto e de outros dois desmaios, ela só parou de fumar há cerca de dez anos, quando passou a levar a sério o tratamento e usar o anti-inflamatório, além do remédio de alívio imediato. Hoje, a doença está controlada. “Praticamente não uso a bombinha, faço só o tratamento”, conta aliviada. Ela também incluiu a atividade física em sua rotina e pratica natação.

Predisposição

Existe predisposição para a asma? Sim, mas esse mecanismo genético ainda não foi totalmente explicado pela Ciência. De acordo com Rodrigo Athanazio, a doença é multifatorial e depende também de parâmetros ambientais. A alergia, diz, tem um papel essencial.

“A alergia é um processo inflamatório gerado pelo nosso próprio corpo. Ele cria uma resposta exagerada contra um agente externo, que não necessariamente está causando um problema para o corpo. Temos que lembrar que nosso sistema imunológico é um sistema de proteção”, diz.

“Quando estamos inalando um vírus, ou uma bactéria, é muito importante que o sistema imunológico ataque para nos defender. Só que na infância, ele precisa distinguir o que pertence ou não ao nosso organismo para poder nos defender. Às vezes há uma desregulação nesse mecanismo. Um pêlo de gato, por exemplo, não faz mal nenhum. Mas o corpo cria uma resposta exagerada e é essa resposta que causa irritação”, resume.

O sistema respiratório começa no nariz, explica o pneumologista. Por isso, tratar outras doenças ainda mais comuns, como a rinite alérgica por exemplo, é fundamental para evitar que a asma se desenvolva no futuro.

O diagnóstico da asma e seu acompanhamento é fundamental para controlar os sintomas. Segundo o especialista, entre 60 e 80% dos casos são leves. Por isso, muitos pacientes não se preocupam com a doença - e aí é que mora o perigo.

Os asmáticos devem saber como lidar com uma crise potencialmente grave, que pode acontecer a qualquer momento. Rodrigo Athanazio lembra que a asma ainda provoca cinco mortes diariamente no Brasil, que poderiam ser evitadas. Por isso é importante manter o tratamento, mesmo na ausência de sintomas.

“Os corticoides inalados são o principal tratamento para o controle da asma. É preciso desinflamar a via aérea. As bombinhas de alívio imediato são usadas para aliviar os sintomas, mas utilizar só o broncodilatador é tapar o sol com a peneira”, ressalta. “Tivemos muitos avanços no entendimento e no tratamento da asma e queremos o melhor para nossos pacientes”.

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